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quinta-feira, 22 de março de 2012

Adeus

Adeus, adeus! Disse-me apenas para reter-me a vida
E arremessá-la nas cinzas das horas vazias que viriam.
Mas entre o adeus e a partida instalou-se em meu coração
Uma chama, que me acendeu o desejo e a esperança.
Suas mãos a segurar-me fixando o tempo que nos restava
Seus olhos a enganar minha futura solidão
Seus olhos bebendo meus sonhos
Sua boca fortuita a roubar-me a respiração
E depois: adeus!
As mãos ainda grudadas sem um limite de pele
Adeus, adeus! Sem querer despedir-se de mim
Adeus, adeus! Amando-me mais
Adeus enfim para matar-me a saudade de nós
Adeus, adeus!  A rosa de nossas horas cravou-me
Um espinho no peito, para lembrar-me no sangue
a cor de nosso amor.
Adeus!                                             por Thamires Fassura

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